Conheça as ferramentas de gestão certas para alavancar seu negócio!
De acordo com um balanço atualizado no final de agosto de 2020 pela Universidade Johns Hopkins, o novo coronavírus já infectou mais de 25 milhões de pessoas ao redor do globo, vitimando mais de 800 mil. Em frente a esse cenário, acontece uma situação paradoxal. Afinal, a relevância do isolamento social é indiscutível, mas ele afeta a economia, já que empresas param de vender, as pessoas deixam de produzir e também de comprar. O mercado, por sua vez, apresentou sinais claros e reativos a esse momento, com a Bolsa de Valores em queda constante e o dólar nas alturas.
Com isso, para evitar e/ou solucionar eventuais problemas do seu negócio, existem técnicas ou metodologias de gestão que são fundamentais e podem te auxiliar, independentemente se o seu negócio é antigo ou novo no mercado – elas permitem ajudá-lo a caminhar de maneira mais harmônica. Quer saber quais são? Preparamos uma lista com algumas das ferramentas de gestão que toda empresa deve usar!
Análise SWOT
A sigla SWOT vem do inglês “Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats” e significa “Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças”, respectivamente.
A análise SWOT, ou análise FOFA, como também é conhecida, trata-se de uma ferramenta que analisa os ambientes interno e externo da sua empresa, tendo como objetivo dar suporte ao planejamento estratégico e mercadológico da organização. Sua representação acontece por meio de um quadro dividido em quatro áreas, de acordo com cada letra da sua sigla.
O ambiente interno é formado pela própria empresa e pelos elementos com os quais ela se relaciona diretamente, sendo eles: os fornecedores, os intermediários (agentes que estão entre a empresa e o cliente ou entre a empresa e um fornecedor) e os concorrentes, além dos clientes e públicos-alvos. São aqueles cujas ações de mercado causam impacto uns nos outros.
O ambiente externo é composto por elementos com os quais a empresa não se relaciona diretamente, tampouco se constituem como empresas ou pessoas físicas. São componentes que descrevem o cenário de um país, região, estado ou cidade, sob todos os aspectos que envolvem a vida da sociedade. São eles: cenários econômico, político-legal, demográfico, sociocultural, tecnológico e natural.
Para analisar o ambiente interno, escute o que dizem os clientes e os concorrentes sobre o seu negócio. Ninguém melhor do que eles para fazer esta avaliação. Já na análise do ambiente externo, observe com atenção tudo que acontece nos diferentes cenários que ajuda ou atrapalha a atuação do seu negócio e liste os mais relevantes.
1. As forças são tudo aquilo que o seu negócio tem como diferencial perante à concorrência. Exemplos: qualidade do produto/serviço, atendimento personalizado e boa localização.
2. As fraquezas são tudo aquilo que a concorrência tem de melhor ou o que seus clientes desejam e a sua empresa não oferece. Exemplos: poucos vendedores, má gestão de estoque e falta de programação anual de capacitação da equipe.
3. As oportunidades são fatores externos que favorecem o seu negócio. Exemplos: temporada de verão, valorização de tecidos sustentáveis e aprovação de uma lei que impactará positivamente a sua empresa.
4. Já as ameaças são fatores externos que podem afetar o seu negócio. Exemplos: elevada taxa de juros, recessão econômica da região ou do país, escassez de linha de crédito para capital de giro, ampla concorrência e mercado informal.
Feito este mapeamento, estabeleça relações. Dada uma oportunidade, sua empresa tem o que precisa (força) para aproveitá-la? Alguma das fraquezas listadas pode inibir ou retardar o aproveitamento dessa oportunidade? Isso vai definir se você tem vantagem competitiva. Indo agora para o outro lado: dada uma ameaça, sua empresa tem força para combatê-la? Alguma fraqueza listada contribui com ela? Tendo a força correta, será possível combatê-la. Já se houver alguma fraqueza alimente a ameaça, isso representará perdas e prejuízos para a empresa.
OBZ – Orçamento Base Zero
O Orçamento Base Zero é uma ferramenta ou metodologia utilizada na elaboração do planejamento orçamentário para um determinado período, geralmente o ano seguinte, desconsiderando todos os gastos anteriores, objetivando minimizar custos e despesas e ter uma empresa mais financeiramente saudável, mais enxuta, priorizando o fundamental e eliminando o supérfluo.
A aplicação desta ferramenta na vida de uma pessoa, por exemplo, teria como resultado consumir única e exclusivamente o necessário para viver, ou seja, tudo que fosse primordial para a vida humana e nada mais.
Para aplicá-la no ambiente empresarial, é preciso mobilizar os colaboradores, fragmentar a empresa em partes (departamentos ou áreas) para que seja possível analisar cada um dos processos individualmente, definir o porquê da redução dos gastos, analisar as métricas (saber os números da empresa) e definir o limiar, ou seja, o mínimo necessário para a empresa funcionar.
CRM – Customer Relationship Management
A sigla CRM vem do inglês “Customer Relationship Management” e significa “Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente”.
Sua sigla por si só já esclarece muita coisa. Esse gerenciamento nada mais é do que um acompanhamento que você tem do cliente para coletar dados dele, integrar informações, minimizar erros e automatizar os setores de venda e marketing, permitindo um relacionamento duradouro e melhorando sua experiência no processo de venda.
Através do CRM, é possível organizar o processo de vendas e acompanhar o funil em tempo real, ter todos os dados em um só lugar, saber o que cada cliente compra e sua opinião, focar nas suas necessidades e fidelizá-los, podendo acontecer simplesmente por meio de uma caderneta, planilha no Excel ou software, sendo este último o mais recomendado por ser mais eficiente e seguro.
Business Model Canvas
Um modelo de negócio trata-se da descrição da lógica como uma organização cria, distribui e captura dinheiro. Para auxiliá-lo, existe uma ferramenta estratégica de gestão e empreendedorismo chamada Business Model Canvas, que descreve todo o negócio por meio de nove grandes blocos, sendo eles:
Proposta de valor: o que a sua empresa tem de valor para entregar para o seu cliente. Exemplos: moda e mobilidade;
Parceiros-chave: parcerias importantes para o funcionamento do seu negócio;
Atividades-chave: atividades essenciais para o funcionamento do seu negócio;
Recursos-chave: recursos indispensáveis para o funcionamento do seu negócio;
Relacionamento com os clientes: meios com os quais a empresa interage com seus clientes. Exemplos: call center, SAC, redes sociais e loja;
Canais: formas com que a empresa sensibiliza seus potenciais clientes, informando que tem a solução para os seus problemas, e como ela entrega a sua proposta de valor. Exemplos: venda direta, site, redes sociais, publicidade online e e-commerce;
Segmentos de clientes: público almejado como cliente;
Estrutura de custos: todos os custos da operação do modelo de negócio. Exemplos: marketing, infraestrutura das lojas, vendedores e fortalecimento da marca;
Fontes de receita: como a empresa ganha dinheiro. Exemplo: vendas.
A primeira parte do Business Model Canvas que deve ser preenchida deve ser a proposta de valor, pois ela é a essência de tudo. É o que você se compromete a entregar com o seu negócio. Na sequência, você pode ir para a esquerda ou para a direita do quadro, finalizando com a parte de baixo (custos e receitas).
Essa ferramenta permite ter uma visão global do seu negócio e estender todo o seu potencial, planejar como atingir o público específico e obter um excelente ROI.
Ciclo PDCA
A sigla PDCA vem do inglês “Plan, Do, Check and Act” e significa “Planejar, Executar, Checar/Analisar e Agir/Ajustar”, respectivamente. Foi muito popularizada na década de 50 e criada por William Edwards Deming, professor de gerenciamento de qualidade dos EUA.
O ciclo PDCA trata-se de uma ferramenta ou metodologia de qualidade que facilita a tomada de decisões e o planejamento eficaz, estando pautado em quatro pilares, que compõem a sua sigla. Por ser cíclico, deve ser aplicado continuamente para a busca da melhoria na empresa.
1. Na etapa de Planejamento, você deve estabelecer os objetivos e as ações que devem ser realizadas.
2. Na etapa de Execução, você deve implementar as ações necessárias.
3. Na etapa de Checagem/Análise, você deve monitorar e medir os resultados em relação aos objetivos e padrões esperados.
4. E por fim, na etapa de Ação/Ajuste, você deve identificar correções necessárias e executar ações para promover a melhoria contínua do processo de trabalho em questão.
Com essa ferramenta, sua empresa será capaz de ter um controle mais eficiente de processos, tanto para atividades internas quanto externas, e dados e informações padronizados, minimizando falhas e erros.
A partir de agora você tem conhecimento de algumas das principais ferramentas de gestão para a seu negócio. Cada uma possui um objetivo específico e funcionalidades peculiares. O ideal é que a escolha de qual aplicar seja feita conforme as maiores necessidades de sua empresa e projeto a ser executado. E aí? Já conhecia alguma delas?